Páginas

sábado, 25 de março de 2017

Como ocorre a Fecundação Humana?

Como ocorre a Fecundação Humana?

A fecundação humana é o momento de encontro do espermatozoide com o óvulo. Em seguida o gameta feminino estará pronto para ser fertilizado pelo masculino e inicia-se o processo de formação do embrião.
fertilização e a implantação do embrião na parede do útero, que dá início à gravidez, constituem a concepção.


O Passo-a-Passo da Fecundação
O processo de fertilização envolve diversos aspectos até que seja formado o zigoto. Na relação sexual, os espermatozoides são lançados dentro do corpo da mulher e começam uma verdadeira maratona até chegarem ao óvulo.
Esquema mostrando as fases da fecundação humana desde a ovulação até a nidação.Atração Irresistível!

Os espermatozoides são atraídos por substâncias químicas liberadas pelo óvulo e nadam em busca dele.
Além disso, substâncias do sêmen estimulam as contrações da musculatura do útero, que juntamente com os movimentos dos flagelos, levam os espermatozoides até a tuba uterina.
Representação dos gametas masculino (espermatozoide) e feminino (óvulo).
Milhares tentam chegar ao óvulo, mas só um consegue!
Milhares de espermatozoides morrem no caminho, uma vez que o ambiente vaginal é ácido e há células de defesa prontas para eliminar os "invasores".
No entanto, outros milhares de "sobreviventes" continuam juntos a lutar contra as barreiras para entrarem no óvulo.
Ao encostar nas camadas mais externas do óvulo, acontece uma reação no acrossomo dos espermatozoides liberando enzimas digestivas que ajudam a dispersar as células foliculares.
Quando o primeiro espermatozoide atingir a membrana vitelínica, mais interna, impedirá a entrada de outros.
O processo de fertilização do óvulo.

Acontece a Fertilização


Inicia-se o fenômeno chamado fertilização com a fusão das membranas dos gametas, além da secreção dos grânulos corticais que formam barreira à entrada de outros espermatozoides.
Com a entrada do espermatozoide suas estruturas fundem-se ao óvulo, assim os corpos basais do flagelo originam os centríolos do zigoto, o resto do flagelo e as mitocôndrias degeneram.
O ovócito secundário (na verdade, o óvulo é um ovócito secundário, uma vez que a divisão meiótica é interrompida durante a ovulogênese) completa sua divisão, formando um corpo polar secundário e o pronúcleo feminino.
O núcleo do espermatozoide aumenta de volume originando o pronúcleo masculino.
Acontece a união dos conteúdos dos pronúcleos masculino e feminino, processo chamado cariogamia. É nesse momento que é originado o zigoto, a primeira célula do novo ser.
Essa etapa costuma ocorrer nas primeiras 24 horas após a entrada dos espermatozoides no útero.
Clivagens do Zigoto
Clivagens e formação do embrião.

A partir da formação do zigoto começa um processo de divisões celulares que originará muitas células.
Essas segmentações ou clivagens do zigoto marcam o início do desenvolvimento embrionário.
Quando chega a um estágio chamado blastocisto, o embrião poderá se implantar na parede uterina.
A primeira clivagem ocorrer cerca de 24 horas após a fertilização, portanto no 2º dia após as relações sexuais e o blastocisto é formado entre o 4º e o 7ºdia.

Nidação e Início da Gravidez



Se houver implantação ou nidação do blastocisto na parede do endométrio uterino, iniciará a gravidez, caso contrário ele será eliminado junto com a menstruação. A nidação ocorre por volta de 1 semana após fecundação.


Gêmeos Dizigóticos e Monozigóticos

Eventualmente se a mulher liberar dois ovócitos ou mais durante a ovulação, e ambos forem fecundados, serão formados dois zigotos que originarão dois embriões com características diferentes.
Se os embriões fizerem a nidação e se desenvolverem, nascerão gêmeos dizigóticos, também chamados fraternos ou bivitelinos.
Se um único zigoto durante as clivagens se separar e formar dois embriões, eles terão as mesmas características, sendo chamados gêmeos monozigóticos ou univitelinos.
Dependendo do estágio em que ocorre a divisão do zigoto em dois embriões, eles poderão ter a própria placenta e bolsa amniótica ou compartilhá-la.
Na maioria dos casos, esse processo ocorre entre o 4º e o 10º dias do desenvolvimento embrionário, de tal forma, que cada embrião tem seu cordão umbilical mas compartilham a mesma placenta e bolsa amniótica.
Leia também: Como se formam os gêmeos

Fertilização Artificial



Na espécie humana a fecundação acontece naturalmente durante a relação sexual, mas também pode ser feita artificialmente em laboratório, através de um processo chamado fertilização in vitro.
Na fertilização in vitro os óvulos são fertilizados fora do corpo da mulher e depois introduzidos dentro do útero para que ele possa se desenvolver.

Entretanto, muitas vezes o óvulo fecundado não consegue se fixar na parede do endométrio e se desenvolver, por isso é comum que tenha que se repetir o processo.

Aborto

Aborto


Aborto é a interrupção da gravidez, que pode acontecer voluntária ou involuntariamente. Na América Latina é grande o número de mulheres que realizam abortos inseguros com sérias complicações, sendo uma das principais causas de morte materna e um grave problema de saúde pública.

Métodos de Aborto



Importante ressaltar que aborto não é um método contraceptivo, portanto, é fundamental que mulheres e homens recebam informação de qualidade, usem adequadamente métodos anticoncepcionais e realizem planejamento familiar, decidindo o melhor momento de ter filhos ou, ainda, por não tê-los.
O aborto induzido pode ser feito através de medicamentos ou por cirurgia. É proibido no Brasil e na maioria dos países da América Latina, sendo considerado crime contra a vida do embrião ou feto, com exceção nos casos de estupro ou risco de vida para a mãe.

É de fundamental importância que seja confirmado que a gravidez é intra-uterina (através de ultrassom) e descartada a possibilidade de uma gravidez ectópica (embrião inicia a formação fora do útero, geralmente na tuba uterina), pois nesse caso o aborto teria que ser através de cirurgia.
O aborto pode acontecer de modo involuntário, sendo chamado aborto espontâneo; ou pode ser voluntário, quando é provocado pela mulher ou com seu consentimento, sendo chamado aborto induzido.

Aborto Espontâneo

Muitas mulheres sofrem abortos espontâneos no primeiro trimestre de gestação - por dificuldades de manter a gestação até o fim (por diversos motivos) - ou por malformação do embrião, que impede que ele se desenvolva normalmente.
Geralmente o corpo feminino elimina todo o tecido embrionário que não se desenvolveu plenamente, através de sangramentos vaginais e cólicas semelhantes ao que acontece durante o período menstrual.
No entanto, pode ficar algum resto do material dentro do útero (aborto incompleto) produzindo uma infecção. Se houver sangramento, febre e dores fortes é um forte indício de que haja grave infecção.
Após um aborto espontâneo, a mulher deve ser examinada por um médico ginecologista para saber se está tudo bem e evitar complicações; se houver necessidade o médico fará uma curetagem.

Aborto Induzido

O aborto induzido pode ser realizado com segurança até as doze semanas de gestação. Em alguns casos específicos de risco à vida da mulher, ou doença do feto, pode ser realizado até mais tarde (por volta de 20 a 24 semanas), sendo na maioria dos casos cirúrgico.


Aborto Medicinal

No Aborto Medicamentoso Medicinal ou Farmacológico são usados remédios para aborto que provocam a expulsão do embrião. Após a tomada dos medicamentos o médico examina a paciente, pois pode ocorrer aborto incompleto e se tornar necessário fazer uma curetagem.
Tal procedimento é muito usado por mulheres de todas as idades que passam por uma gravidez indesejada e é considerado um aborto inseguro, principalmente se não houver informação adequada sobre o método.
Explicando de outra forma, se não for usada a quantidade adequada de um medicamento ou se for usada uma substância inadequada (chás, ervas, entre outras coisas) o aborto pode falhar e ainda trazer riscos para a vida da mãe e do bebê.

Aborto Cirúrgico



No aborto cirúrgico, a mulher é submetida a processos que devem ser realizados em clínicas ou hospitais para remoção do embrião. Abortos feitos em condições inadequadas em clínicas não autorizadas, ou por pessoas não capacitadas, representam grande risco à vida da gestante.
Existem diversos métodos de aborto cirúrgico, aplicados de acordo com a condição e tempo de gestação. Os principais métodos são:
  • Aspiração Uterina a Vácuo: um aparelho de sucção, que pode ser manual ou elétrico, é introduzido na vagina para sugar todo o material intra-uterino. Pode ser necessário realizar a dilatação do colo do útero antes de fazer a sucção. Se bem realizado é o método mais simples e com menos complicações, caso contrário pode provocar aborto incompleto, lesões no colo e na parede uterina;
  • Dilatação e Curetagem: para fazer a dilatação cervical é introduzido um dilatador através da vagina até o colo do útero. São usados diferentes tamanhos de dilatador para ir abrindo progressivamente o colo uterino (geralmente feito um dia antes). Quando houver dilatação suficiente é introduzido uma cureta no interior do útero, ferramenta cotante que retira todo o tecido fetal e também a parede endometrial por raspagem. O processo de curetagem representa risco de perfuração da parede do útero, também pode provocar aborto incompleto e infecções.
  • Dilatação e Evacuação: após a dilatação do colo uterino, o conteúdo no interior do útero é reduzido a partes menores e depois retirado por meio de aparelho de sucção. Há também risco de lesões, aborto incompleto e infecções.

Pílula do Dia Seguinte

Pílula do Dia Seguinte


A pílula do dia seguinte é um método anticoncepcional de emergência que bloqueia a ovulação e dificulta o trânsito do espermatozoide no corpo feminino.
Tem uma eficácia de até 90%, quando usada imediatamente após a relação sexual, e 50% quando ingerida depois de 72 horas. Apesar de ser um medicamento seguro, a pílula do dia seguinte deve ser usada apenasexcepcionalmente.
Não deve substituir os métodos anticoncepcionais de rotina como a pílula ou a camisinha. O seu uso constante pode interferir com a menstruação e provocar diversos efeitos colaterais devido à sua grande dose de hormônios.
Efeitos Colaterais
  • Alteração no ciclo menstrual e tempo de ovulação (torna muito difícil calcular o período fértil e saber o dia exato da menstruação);
  • Dor de cabeça;
  • Sensibilidade nos seios;
  • Enjoo;
  • Vômitos.

Como Tomar a Pílula do Dia Seguinte?

Existem duas maneiras de tomar a pílula do dia seguinte: Uma dose única ou dois comprimidos (1 logo após a relação e outro depois de 12 horas).
Para ter uma maior eficácia, a pílula deve ser tomada no máximo até 72 horas após a relação sexual. A dose deve ser repetida se houver vômito ou diarreia nas duas primeiras horas após a ingestão da pílula.​
A mulher que tomou a pílula do dia seguinte deve continuar tomando a sua pílula anticoncepcional normalmente depois do ciclo.

Como Funciona?



A pílula do dia seguinte não tem efeito abortivo e pode atuar de formas diferentes:
  • Se a fecundação ainda não aconteceu, ou seja, se o espermatozoide ainda não se uniu ao óvulo, o medicamento vai dificultar esse encontro.
  • Caso a fecundação já tenha ocorrido, a pílula irá provocar uma descamação do útero para impedir a fixação do ovo fecundado ao útero.
  • Caso o ovo já esteja implantado, significa que a gravidez já teve início e a pílula deixa de ter qualquer efeito.
Saiba mais sobre a gravidez, as formas de evitá-la e o aborto. Leia também:

Métodos Contraceptivos

Métodos Contraceptivos



Os métodos contraceptivos ou anticoncepcionais servem para evitar uma gravidez não programada e/ou prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DST), como no caso dos preservativos. Os métodos contraceptivos podem ser naturais, de barreira, hormonais, mecânicos ou ainda definitivos (irreversíveis).



Métodos Contraceptivos Naturais

Tabela

A tabela é um método contraceptivo que permite à mulher saber o seu período fértil, ou seja, o período do mês em que ela está ovulando e pode engravidar.
Como o método é utilizado:
  1. A mulher deve marcar no calendário o primeiro dia da menstruação, em todos os meses;
  2. O ciclo menstrual tem início no 1º dia da menstruação e termina na véspera da menstruação seguinte;
  3. Contar quantos dias cada menstruação demorou para vir. Este tempo é o ciclo menstrual.

Muco

Este método contraceptivo indica o período do ciclo menstrual em que a mulher pode engravidar (ovulação).
O muco é uma secreção produzida pelo colo uterino, que deixa a vagina úmida e pode (ou não) aparecer na calcinha, variando a aparência em cada fase do ciclo menstrual. Conhecendo essas diferenças, é possível saber o período fértil.
Como o método é utilizado:
  1. A mulher examina o muco diariamente, colocando o dedo na vagina e, a seguir, observa o tipo de secreção que está presente;
  2. O muco pode ser pastoso, líquido ou elástico;
  3. Anotando as diferenças do muco ao longo do mês, a mulher pode saber quais são os seus dias férteis.

Métodos Contraceptivos de Barreira

Preservativos Masculino e Feminino

São considerados os métodos anticoncepcionais mais seguros, pois além de evitarem a gravidez, também protegem contra doenças sexualmente transmissíveis (DST), como a AIDS.
  • Preservativo masculino (camisinha masculina): Uma capa fina de borracha cobre o pênis durante a relação sexual, impedindo o contato do sêmen com a vagina, o ânus ou a boca. O esperma fica retido e os espermatozóides não entram no corpo da mulher;
  • Preservativo feminino (camisinha feminina): A camisinha feminina pode ser colocada até 8 horas antes do ato sexual, sendo também um método de barreira pois não permite que o espermatozóide entre no corpo da mulher. O seu plástico é mais fino e mais lubrificado que a masculina e o seu uso não é recomendado simultaneamente com a camisinha masculina.

Diafragma

O diafragma é um método de barreira móvel, ou seja, pode ser colocado e retirado da vagina. Consiste numa estrutura de látex combinada com gel espermicida que deve ser colocada duas horas antes da relação sexual e retirada após 4 a 6 horas. Deve ser lavado com água e sabão após o uso e sua durabilidade é de cerca de 2 anos.

Métodos Contraceptivos Hormonais

Pílula Oral

As pílulas anticoncepcionais são feitas com hormônios semelhantes aos que são produzidos pelo próprio corpo (estrogênio e progesterona), e possuem uma eficácia de 99,8%. Elas atuam impedindo a ovulação e dificultando a passagem dos espermatozóides para o interior do útero.

Anticoncepcional Injetável Mensal

O anticoncepcional injetável mensal é semelhante à pílula e consiste numa única aplicação mensal de uma solução oleosa que libera a mesma quantidade diária de hormônios que a pílula. Não interfere com a menstruação, que ocorre normalmente.
É mais prático que a pílula pois não é preciso administrá-lo diariamente, além de causar menos efeitos colaterais no estômago.

Anéis Medidores

Método hormonal que possui uma formulação semelhante à da pílula anticoncepcional, porém sem necessidade de uso de gel espermicida. O anel vaginal é introduzido na vagina e acomodado no colo do útero no 5º dia de menstruação, onde permanece por 3 semanas. Não provoca desconforto e geralmente não é sentido durante as relações sexuais.

Pílula do Dia Seguinte

A pílula anticoncepcional de emergência só deve ser usada excepcionalmente e nunca deve ser adotada como método contraceptivo usual.
Cada dose é composta por duas pílulas que devem ser ingeridas com intervalo de 12 horas. Concentram elevada dose hormonal (o equivalente a 8 pílulas anticoncepcionais de uso prolongado) que retarda a ovulação, dificultando assim a gestação.
O uso frequente da pílula do dia seguinte pode causar alterações no ciclo menstrual.​​

Métodos Contraceptivos Mecânicos

Dispositivo intrauterino (DIU)

O DIU é uma estrutura metálica com ação espermicida intrauterina, que impede que o espermatozóide alcance o óvulo, com uma eficácia contra a gravidez de 99,6%. Pode permanecer até 5 anos dentro do corpo da mulher e deve ser inserido por um médico.
Pode provocar aumento do sangramento e da duração da menstruação, além de aumentar as incidências de cólicas, sendo contraindicado no caso de anemias severas.

Métodos Contraceptivos Definitivos

De acordo com a Lei do Planejamento Familiar, pessoas com mais de 25 anos e que tiverem pelo menos 2 filhos vivos, ou quando houver risco de vida para a mulher ou para bebê, podem usar os métodos contraceptivos definitivos:
  • Ligadura das trompas de falópio (mulheres);
  • Vasectomia (homens).
Ambos os métodos impedem que os espermatozoides cheguem ao óvulo. São chamados de definitivos pois são de difícil reversão.

Gravides na adolescência

Gravidez na Adolescência


De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a gravidez na adolescência é considerada uma gestação de alto risco, devido às repercussões que traz à mãe e ao recém nascido, além de acarretar problemas sociais e biológicos.

Gravidez Precoce

A gravidez na adolescência pode trazer consequências emocionais, sociais e econômicas para a saúde da mãe e do filho e acontece no limite mínimo da vida reprodutiva da mulher, que é dos 10 aos 19 anos de idade.
adolescência é um período da vida rico em manifestações emocionais, caracterizadas por ambiguidade de papéis, mudança de valores e dificuldades face à procura de independência pela vida.
A gravidez na adolescência é muitas vezes encarada de forma negativa do ponto de vista emocional e financeiro das adolescentes e suas famílias, alterando drasticamente suas rotinas.
Segundo dados de 2013 das Nações Unidas (ONU), 7,3 milhões de adolescentes se tornam mães a cada ano ao redor do mundo, das quais 2 milhões são menores de 15 anos (estima-se que até 2030, esse número chegará a 3 milhões se a tendência atual for mantida.)
Segundo a Unicef, o Brasil tem 21 milhões de adolescentes com idade entre 12 e 17 anos, sendo que cerca de 300 mil crianças nascem de mães nessa faixa etária. Um relatório divulgado em 2010 por um organismo ligado à ONU, indica que 12% das adolescentes entre 15 e 19 anos tinham pelo menos um filho.

Principais Fatores da Gravidez na Adolescência


Há diversos fatores de natureza objetiva e subjetiva que levam à gravidez no início da vida reprodutiva, tais como:
  • Falta de conhecimento adequado dos métodos contraceptivos e como usá-los;
  • Dificuldade de acesso a esses métodos por parte do adolescente;
  • Dificuldade e vergonha das meninas em negociar o uso do preservativo pelo parceiro;
  • Ingenuidade e Submissão;
  • Violência;
  • Abandono;
  • Desejo de estabelecer uma relação estável com o parceiro;
  • Forte desejo pela maternidade, com expectativa de mudança social e de obtenção de autonomia através da maternidade;
  • Meninas com início da vida sexual cada vez mais precoce.
ambiente familiar também tem relação direta com o início da atividade sexual.
Experiências sexuais precoces são observadas em adolescentes em cuja família, os irmãos mais velhos já apresentam vida sexual ativa. É comum encontrar adolescentes grávidas cujas mães também iniciaram a vida sexual precocemente ou engravidaram durante a sua adolescência.
Por outro lado, famílias onde se conversa e há orientação sobre a vida sexual, a situação pode ser diferente e a sexualidade melhor aproveitada pelos adolescentes no momento certo.

Gravidez na Adolescência e suas Consequências


A maioria das adolescentes que engravida abandona os estudos para cuidar do filho, o que aumenta os riscos de desemprego, dependência econômica dos familiares, contribuindo assim para a perpetuação da pobreza, do baixo nível de escolaridade, do abuso e da violência familiar, tanto à mãe como à criança.
A ocorrência de mortes na infância é alta em filhos nascidos de mães adolescentes.
A situação socioeconômica e a falta de apoio e de acompanhamento da gestação (pré-natal) contribuem para que as adolescentes não recebam informações adequadas em relação à alimentação materna apropriada, importância da amamentação e vacinação da criança.
Também é grande o número de adolescentes que se submetem a abortos inseguros, usando substâncias e remédios para abortar ou em clínicas clandestinas. Isso tem grandes riscos para a saúde da adolescente e até risco de vida, sendo uma das principais causas de morte materna.
Tudo isso acarreta prejuízo às crianças, impacto na saúde pública, além da limitação no desenvolvimento pessoal, social e profissional da gestante, ou seja, prejudica não só a vida da adolescente grávida, como afeta sua família e até o desenvolvimento do país.

Como Evitar a Gravidez na Adolescência

melhor forma de evitar a gravidez na adolescência é se informar adequadamente e conhecer o próprio corpo e do parceiro antes de começar a vida sexual.
Meninos e meninas devem se informar sobre os métodos anticoncepcionais, sendo a camisinha o mais comum, mais barato e mais fácil de utilizar e além da gravidez indesejada, protege das doenças sexualmente transmissíveis.

Ovulação e Período Fértil

Ovulação e Período Fértil

Ovulação ocorre quando há liberação do gameta feminino pelos folículos ovarianos, isso acontece na superfície do ovário e ele se encaminha para a tuba uterina.
Esse fenômeno marca o período fértil da mulher, ou seja, se houver relação sexual a mulher pode engravidar.


O Ovócito Secundário

Geralmente dizemos "óvulo" para nos referir à célula que é liberada da tuba uterina, mas na verdade durante a ovulação e todo momento antes da fecundaçãoo óvulo está no estágio de ovócito secundário. Isso porque a meiose foi interrompida na fase de metáfase II e só será completada se houver a fertilização.
Em outras palavras, o óvulo só será óvulo e estará pronto para ser fecundado quando encontra o espermatozoide. Caso isso não ocorra, o ovócito irá morrer cerca de 24 horas após ter sido liberado e eliminado na menstruação.

Folículos Ovarianos e Ovulação

Fases da ovulação.
Os folículos ovarianos são constituídos por um conjunto de células foliculares, que contém no seu interior um ovócito primário.
Estimulados pelo hormônio FSH os folículos se desenvolvem, e dentro deles o ovócito primário passa pela primeira divisão meiótica, originando o ovócito secundário.

Acontece a Ovulação

Durante o ciclo menstrual (cuja duração varia entre 28 e 30 dias de uma mulher para outra), alguns folículos ovarianos são estimulados a se desenvolver, entretanto somente um se tornará maduro e será liberado.
O folículo vai acumulando líquido e aumenta de tamanho (cresce cerca de 2mm por dia até atingir cerca de 25mm) formando uma saliência na superfície do ovário.
O hormônio LH age sobre o folículo maduro, estimulando o seu rompimento e a liberação do ovócito secundário, acontece a ovulação.

Formação do Corpo-Lúteo

O folículo, que se rompeu na superfície do ovário, forma o corpo-lúteo ou corpo-amarelo, que é como uma cicatriz. O corpo-lúteo tem cor amarelada devido ao acúmulo da luteína (um carotenoide) que possui essa cor.

Período Fértil


É o período do ciclo menstrual em que a mulher tem mais chances de engravidar se tiver relação sexual. Corresponde ao período em que acontece a ovulação, considerando também o tempo de sobrevivência do espermatozoide e do óvulo.
O tempo de vida do óvulo é de aproximadamente 24 horas depois de ser liberado do ovário, já o espermatozoide dura até 72 horas dentro do corpo da mulher.
Gráfico representando a ovulação e as variações nos níveis hormonais durante o ciclo menstrual.

Hormônios Sexuais

Todo o processo reprodutivo depende totalmente de hormônios sexuais para acontecer. O amadurecimento dos folículos ovarianos e a liberação do ovócito secundário, estão relacionados com os hormônios FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante), que começam a agir durante a puberdade, marcando o início da vida fértil da mulher.

Menstruação

Menstruação


menstruação é a descamação cíclica do endométrio (camada mais interna do útero), caracterizada por um sangramento cuja duração normalmente varia de 3 a 7 dias.
De tempos em tempos, o útero se prepara para receber o bebê no caso de uma gravidez. Contudo, se não houver fecundação, ou seja, se o óvulo não for fecundado por um espermatozoide, tudo o que foi preparado no útero para acolher o feto se desfaz e é eliminado através da menstruação.

Ciclo Menstrual

A cada volta completa da lua, de mês em mês, temos o ciclo menstrual ("mens" vem do grego e significa lua). Este ciclo obedece às interações de hormônios produzidos na hipófise (FSH e LH) com os hormônios ovarianos estrógeno e progesterona.
A primeira menstruação é chamada de menarca e marca o início dos primeiros ciclos menstruais, que se iniciam por volta dos 11 aos 15 anos de idade.


hormônio FSH estimula o desenvolvimento de um folículo ovariano (conjunto de células com um ovócito primário em seu interior). O ovócito I (que se encontra em prófase I no folículo) dá continuidade à meiose e, em poucos dias, o folículo ovariano está cheio de um líquido (folículo de Graaf).
As células foliculares, durante o desenvolvimento folicular, secretam estrógeno, o hormônio responsável pela determinação e manutenção das características sexuais secundárias femininas (aumento da vagina e do útero, alargamento dos quadris, desenvolvimento das mamas, desenvolvimento de pelos nas axilas e púbis).
O estrógeno também é responsável por promover a proliferação das células do endométrio, além de estimular a liberação do hormônio LH pela hipófise. Em menos de 24 horas, a concentração de LH aumenta consideravelmente, provocando a ruptura do folículo maduro (ovulação). O óvulo, capturado pelas fímbrias da tuba uterina, permanece viável por aproximadamente 30 horas, que é o período fértil da mulher.
Após o rompimento do folículo e sob ação do LH, as células foliculares dão origem ao corpo lúteo, que passa a produzir doses crescentes do hormônio progesterona, cuja ação acentua o espessamento do endométrio, promovendo a sua vascularização e deixando o endométrio apto para receber o embrião, cerca de 6 dias após a fecundação.
Começa então a haver uma inibição da produção de FSH e LH pela hipófise, devido à progesterona produzida pelo corpo lúteo. Com a queda do hormônio LH, o corpo lúteo regride e se transforma em corpo albicans, que é inativo.
Isso leva a uma redução da taxa de progesterona e estrógeno. Sem esses hormônios, o endométrio não se mantém e sua camada mais superficial se descama, dando origem à menstruação.
A diminuição da taxa de estrógeno e progesterona faz com que a hipófise passe a secretar mais FSH e um novo folículo entra em desenvolvimento, recomeçando assim um novo ciclo menstrual.

Fases do Ciclo Menstrual

  • Fase menstrual: Dias do ciclo em que está ocorrendo sangramento;
  • Fase proliferativa (estrogênica): Período de secreção de estrógeno pelo folículo ovariano, que está em desenvolvimento;
  • Fase secretora (lútea, progesterônica): Tem início após a ovulação e caracteriza-se pela ação da progesterona. Nessa fase, o útero está pronto para receber o embrião (nidação);
  • Fase pré-menstrual (isquêmica): Antecede a próxima menstruação e caracteriza-se pela diminuição dos níveis de estrógeno e progesterona, em que o endométrio deixa de receber seu suprimento sanguíneo.


Se a mulher tiver relação sexual no período fértil, provavelmente haverá fecundação e ela irá engravidar. Entre o 5º e o 7º dia após a fecundação, a massa de células que constitui o embrião se implanta no endométrio (nidação), que nessa fase está bem desenvolvido devido à ação dos hormônios estrógeno e progesterona.
Com a nidação, o trofoblasto passa a secretar gonadotrofina coriônica (HCG), que mantém o corpo lúteo ativo e, assim, a taxa de estrógeno e de progesterona não diminui. Como consequência, a mulher não menstrua. Por volta da 15ª semana de gestação, a placenta está completamente formada e também secreta progesterona e estrógeno.
No final da gestação, a placenta diminui a produção de progesterona e a hipófise passa a produzir doses maiores de ocitocina, hormônio que aumenta a frequência das contrações uterinas, preparando a mulher para o momento do parto.
Entre os 45 e 55 anos, o ovário perde a sensibilidade ao FSH e ao LH. Consequentemente, os ciclos menstruais deixam de existir e a mulher pode apresentar algumas sintomas desagradáveis como ondas de calor, vertigens, desconforto e dor nas relações sexuais. A última menstruação é chamada de menopausa e com ela a mulher entra no climatério.