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sábado, 25 de março de 2017

Aborto

Aborto


Aborto é a interrupção da gravidez, que pode acontecer voluntária ou involuntariamente. Na América Latina é grande o número de mulheres que realizam abortos inseguros com sérias complicações, sendo uma das principais causas de morte materna e um grave problema de saúde pública.

Métodos de Aborto



Importante ressaltar que aborto não é um método contraceptivo, portanto, é fundamental que mulheres e homens recebam informação de qualidade, usem adequadamente métodos anticoncepcionais e realizem planejamento familiar, decidindo o melhor momento de ter filhos ou, ainda, por não tê-los.
O aborto induzido pode ser feito através de medicamentos ou por cirurgia. É proibido no Brasil e na maioria dos países da América Latina, sendo considerado crime contra a vida do embrião ou feto, com exceção nos casos de estupro ou risco de vida para a mãe.

É de fundamental importância que seja confirmado que a gravidez é intra-uterina (através de ultrassom) e descartada a possibilidade de uma gravidez ectópica (embrião inicia a formação fora do útero, geralmente na tuba uterina), pois nesse caso o aborto teria que ser através de cirurgia.
O aborto pode acontecer de modo involuntário, sendo chamado aborto espontâneo; ou pode ser voluntário, quando é provocado pela mulher ou com seu consentimento, sendo chamado aborto induzido.

Aborto Espontâneo

Muitas mulheres sofrem abortos espontâneos no primeiro trimestre de gestação - por dificuldades de manter a gestação até o fim (por diversos motivos) - ou por malformação do embrião, que impede que ele se desenvolva normalmente.
Geralmente o corpo feminino elimina todo o tecido embrionário que não se desenvolveu plenamente, através de sangramentos vaginais e cólicas semelhantes ao que acontece durante o período menstrual.
No entanto, pode ficar algum resto do material dentro do útero (aborto incompleto) produzindo uma infecção. Se houver sangramento, febre e dores fortes é um forte indício de que haja grave infecção.
Após um aborto espontâneo, a mulher deve ser examinada por um médico ginecologista para saber se está tudo bem e evitar complicações; se houver necessidade o médico fará uma curetagem.

Aborto Induzido

O aborto induzido pode ser realizado com segurança até as doze semanas de gestação. Em alguns casos específicos de risco à vida da mulher, ou doença do feto, pode ser realizado até mais tarde (por volta de 20 a 24 semanas), sendo na maioria dos casos cirúrgico.


Aborto Medicinal

No Aborto Medicamentoso Medicinal ou Farmacológico são usados remédios para aborto que provocam a expulsão do embrião. Após a tomada dos medicamentos o médico examina a paciente, pois pode ocorrer aborto incompleto e se tornar necessário fazer uma curetagem.
Tal procedimento é muito usado por mulheres de todas as idades que passam por uma gravidez indesejada e é considerado um aborto inseguro, principalmente se não houver informação adequada sobre o método.
Explicando de outra forma, se não for usada a quantidade adequada de um medicamento ou se for usada uma substância inadequada (chás, ervas, entre outras coisas) o aborto pode falhar e ainda trazer riscos para a vida da mãe e do bebê.

Aborto Cirúrgico



No aborto cirúrgico, a mulher é submetida a processos que devem ser realizados em clínicas ou hospitais para remoção do embrião. Abortos feitos em condições inadequadas em clínicas não autorizadas, ou por pessoas não capacitadas, representam grande risco à vida da gestante.
Existem diversos métodos de aborto cirúrgico, aplicados de acordo com a condição e tempo de gestação. Os principais métodos são:
  • Aspiração Uterina a Vácuo: um aparelho de sucção, que pode ser manual ou elétrico, é introduzido na vagina para sugar todo o material intra-uterino. Pode ser necessário realizar a dilatação do colo do útero antes de fazer a sucção. Se bem realizado é o método mais simples e com menos complicações, caso contrário pode provocar aborto incompleto, lesões no colo e na parede uterina;
  • Dilatação e Curetagem: para fazer a dilatação cervical é introduzido um dilatador através da vagina até o colo do útero. São usados diferentes tamanhos de dilatador para ir abrindo progressivamente o colo uterino (geralmente feito um dia antes). Quando houver dilatação suficiente é introduzido uma cureta no interior do útero, ferramenta cotante que retira todo o tecido fetal e também a parede endometrial por raspagem. O processo de curetagem representa risco de perfuração da parede do útero, também pode provocar aborto incompleto e infecções.
  • Dilatação e Evacuação: após a dilatação do colo uterino, o conteúdo no interior do útero é reduzido a partes menores e depois retirado por meio de aparelho de sucção. Há também risco de lesões, aborto incompleto e infecções.

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