A Filogênese dos Seres Vivos
Qual foi o ancestral dos répteis
(lagartos, cobras) que vivem na Terra atual? Essas e outras perguntas
relativas à origem dos grandes grupo de seres vivos eram difíceis de
serem respondidas até surgir, em 1859, a Teoria da evolução Biológica por Seleção Natural,
proposta por Charles Darwin e Alfred Russel Wallace. Com a compreensão
de "como" a evolução biológica ocorre, os biólogos passaram a sugerir
hipóteses para explicar a possível relação de parentesco entre os
diversos grupos de seres vivos.
Diagramas em forma de árvore -
elaborados com dados de anatomia e embriologia comparadas, além de
informações derivadas do estudo de fósseis - mostraram a hipotética
origem de grupos a partir de supostos ancestrais. Essas supostas
"árvores genealógicas" ou "filogenéticas" (do grego, phylon = raça, tribo + génesis
= fonte, origem, início) simbolizavam a história evolutiva dos grupos
que eram comparados, além de sugerir uma provável época de origem para
cada um deles. Como exemplo veja a figura abaixo.
O esquema representa uma provável
"história evolutiva" dos vertebrados. Note que estão representados os
grupos atuais - no topo do esquema- bem como os prováveis ancestrais.
Perceba que o grupo das lampreias (considerados "peixes" sem mandíbula) é
bem antigo (mais de 500 milhões de anos). Já cerca de 150 milhões de
anos, provavelmente a partir de um grupo de dinossauros ancestrais.
Note, ainda, que o parentesco existe entre aves e répteis é maior do que
existe entre mamífero e répteis, e que os três grupos foram originados
de um ancestral comum.
Atualmente com um maior número de
informações sobre os grupos taxonômicos passaram-se a utilizar
computadores para se gerar as arvores filogenéticas e os cladogramas para estabelecer as inúmeras relações entre os seres vivos.
Estabelecendo Filogenias com os Cladogramas
Ao dispor de um grande número de
características comparativas, mais confiáveis - anatômicas,
embriológicas, funcionais, genéticas, comportamentais etc. - os biólogos
interessados na classificação dos seres vivos puderam elaborar
hipóteses mais consistentes a respeito da evolução dos grandes grupos.
Influenciados pelo trabalho de Wili Hennig - um cientista alemão,
especialista em insetos - passaram a apresentar as características em
cladogramas. Neste tipo de diagrama, utiliza-se uma linha, cujo ponto de
origem - a raiz- simboliza um provável grupo (ou espécie) ancestral. De
cada nó surge um ramo,
que conduz a um ou a vários grupos terminais. Com os cladogramas
pode-se estabelecer uma comparação entre as características primitivas -
que existiam em grupos ancestrais - e as derivadas - compartilhadas por
grupos que os sucederam.
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